“Ressurreição!”
Escuta as palavras do fadista, ouve o rugido do leão,
Finge que és artista, segue a tua intuição,
Tira 100% no teste, vomita a tua imaginação,
Escala ao cume do Evareste, parte no próximo foguetão,
Desvenda o enigma da esfinge, enfrenta a chama do dragão,
Devolve a dor que te atinge, quebra a tua maldição,
Grita de raiva de vez em quando, entra em erupção,
Assume a voz de comando, fala pela tua geração,
Fura o olho do ciclope, arranca as raízes de Antão,
Monta sempre a galope, acelera a tua pulsação,
Mantém a lâmina afiada, sustém a respiração,
Olha nos olhos da tua amada, confia no teu irmão,
Joga a manilha de ouros, amassa o teu próprio pão,
Desenterra novos tesouros, enche o papo grão a grão,
Dá a mão a uma criança, sopra bolas de sabão,
Forja a tua aliança, sente o bater do coração,
Veste a armadura de cavaleiro, apelida-te Napoleão,
Avança sempre primeiro, lidera a multidão,
Marcha contra os canhões, inventa a tua religião,
Canta todas as canções, invoca um deus pagão,
Iça a nossa bandeira, encarna Dom Sebastião,
Apanha uma bebedeira, festeja até à exaustão,
Escreve um poema à liberdade, à morte diz que não,
Renuncia à mediocridade, assiste à tua ressurreição!
Bernardo Dias
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